Basta notar algo de estranho na saúde dos filhos para que a mãe leve uma das mãos à testa dos pequenos, meça a temperatura e diagnostique com precisão: febre.
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A quentura corporal, junto com sintomas como fraqueza, dor nas juntas e cabeça, perda de apetite, boca seca e desidratação, entregam o estado febril, nada mais que um reajuste no hipotálamos, que tem entre suas funções agir como um termostato, controlando a temperatura do organismo.
A temperatura do corpo humano é ajustada para manter os órgãos internos a 37°C, mas quando o organismo tem de combater algum agente que o agride, como vírus ou bactérias, podem ser liberadas substâncias que agem no termostato, fazendo-o elevar essa temperatura dois ou três graus acima do valor habitual.
A questão sobre a febre ajudar na defesa do organismo ou ser apenas um efeito incidental é controversa. Há pesquisadores que acreditam que o aumento da temperatura acelera algumas reações imunológicas e afetam a atividade de alguns agentes infecciosos; outros afirmam que a principal função da febre é alertar para uma agressão ao organismo, mas seu benefício na defesa em si é pequeno, por isso o melhor é tomar medidas para baixá-la.
A pediatra Athenê Mauro, coordenadora da Saúde da Criança e do Adolescente, área de Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, explica que mesmo a temperatura que separa o estado normal do febril não é consenso. “A forma mais confiável de medir a temperatura é aquela tomada por via oral ou retal. Em crianças, a maioria classifica como febre a temperatura retal acima de 38°C, mas alguns consideram febre temperatura retal acima de 37,7°C ou 38,3°C. A temperatura axilar varia de 0,4°C a 0,8°C menor que a temperatura retal”.
A maior parte das pessoas recupera-se de febres comuns naturalmente com o tempo conforme o sistema imunológico atua. Mas como o estado febril traz sintomas desconfortáveis, muitos apelam para medicamentos desnecessariamente. A pediatra Athenê listou cinco dicas simples para auxiliar na regulação da temperatura corporal sem o uso de remédios:
- Faça compressas frias no tronco e nos membros usando toalha úmida ou bolsa térmica. Mas lembre-se: caso o paciente se queixe de muito frio e se sinta mal em contato com a umidade, não faça as compressas, isso pode piorar o estado dele.
- Para cada elevação de 1ºC na temperatura corporal, o consumo de energia é 12% maior que o habitual, portanto, alimente-se adequadamente. Faça uma dieta leve, com alimentos de fácil digestão, para que o organismo não queime muita energia tentando digerir a comida.
- A febre acelera os batimentos cardíacos (para cada grau levado há aumento de 15 batimentos por minuto), o que provoca maior gasto de energia. Por isso, é importante repousar e evitar sobrecarregar o organismo com atividades físicas. Isso não significa que a pessoa precisa ficar 24h deitada. Basta não se esforçar em excesso e descansar o máximo que conseguir.
- Aquela velha dica de tomar banho para abaixar a temperatura também é válida e verdadeira, desde que não seja uma ducha gelada. Embora a água fria realmente ajude a diminuir a temperatura, ela acaba aumentando a frequência cardíaca, que já está acelerada por causa da febre. Então, a dica é deixar água morna escorrer por bastante tempo sobre o corpo, o que contribui também para o relaxamento, .
- Não se esqueça de beber bastante água. Além de hidratar o corpo, que costuma perder água durante a febre, o líquido auxilia na regulação térmica do organismo.
Via drauziovarella
