Ivan Marques, diretor de marketing do Corinthians, tem 53 anos. Tem o estilo perfil baixo, ao contrário de Luis Paulo Rosenberg, seu antecessor. Não é amigo de frases feitas e jargões, mas avisa que cada vez que o Corinthians se sentir desrespeitado pelos rivais, dará o troco através do marketing.
Você acredita em uma “espanholização” do futebol brasileiro, com Corinthians e Flamengo assumindo o papel de Barcelona e Real Madrid e deixando os outros para trás?
Não acredito. Apenas o Flamengo tem uma torcida com peso nacional, espalhada pelo país todo. A do Corinthians é muito forte, mas principalmente em São Paulo. Os outros clubes são ainda mais regionais do que o nosso. Então, não há essa diferença toda. Além do mais, há a questão histórica: desde o início o Real e o Barcelona foram os dois únicos grandes. Outros, como Atlético, Sevilla e Málaga tentaram e não conseguiram.
No Brasil, há mais grandes times e eles não vão desaparecer. Outro motivo que vejo contra a espanholização é a grande quantidade de jogadores que nascem no Brasil. É um celeiro muito grande de jogadores e eles não serão privilégio de dois clubes apenas.
Mas o que não se pode negar é que, devido a força de suas torcidas, esses clubes consigam um suporte financeiro maior que os outros.
Fonte: Trivela